Não foram notícias ou matérias jornalísticas, mas uma campanha sistemática que nas últimas semanas a extrema-direita e seus dispositivos nas redes sociais e na grande mídia mobilizaram contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP)
Cfemea
Primeiro, construindo uma narrativa a partir de duas pessoas que assessoram a deputada, como se fossem maquiladoras contratadas para buslar a legislação. Depois, como se a deputada tivesse usado verba da Câmara para uma cirurgia pástica.
É claro que há componentes misóginos, transfóbicos e lgbtfóbicos. Mas, além disso, Erika Hilton é uma das mais dedicadas, aguerridas e atuantes deputadas da bancada que enfrenta diariamente a extrema-direita na Câmara. Os fascistas a odeiam. É uma voz em favor das mulheres e de nossos direitos. Defende o direito das mulheres a decidir sobre seu corpo, defende as trabalhadoras (é liderança no movimento 6X1 - para acabar com a escala de trabalho que obriga trabalhadores e trabalhadoras a cumprir a escala de seis dias de trabalho por um de folga), tem defendido as pautas populares e de direitos humanos do Governo Lula, entre outras ações.
É claro que há uma notória fobia contra uma deputada travesti. Ainda mais em um Congresso Nacional repleto de casos de homens que fazem implante de cabelo, plásticas etc. pagos pelo plano de saúde da Câmara e do Senado, sem falar nas rachadinhas, as famosas rachadinhas da família Bolsonaro ... ninguém até agora foi merecedor de uma campanha tão violenta.
A continuar esse processo de queimação, fritura, de ódio e de construção de narrativa contra a deputada Érika, logo seu mandato estará ameaçado. Desde logo, devemos defender a deputada e seu mandato popular, feminista, LGBTQIA+ e de travesti negra.